sábado, 31 de julho de 2010

Desfile de moda ajuda a resgatar autoestima

Corre-corre nos bastidores, acessórios de maquiagem espalhados por todo o canto e muitos figurinos. A agitação típica dos grandes eventos de moda foi vivenciada na manhã desta terça-feira, 27, por pacientes e funcionárias do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). O desfile de moda coleção-inverno, promovido pelo segundo ano consecutivo, foi estrelado por mulheres que enfrentam câncer.


Na passarela, um show de irreverência e feminilidade. A apresentação começou com as grandes estrelas do evento, as pacientes com câncer, e terminou com as funcionárias do da unidade oncológica no centro das atenções. Foram modelos por um dia servidoras das Alas F e G, ambulatório, departamento financeiro, gerência de enfermagem e assessoria de comunicação.

Alegria é o segredo

A dona-de-casa Luciene Santos luta contra o câncer de mama e foi uma das participantes do desfile. Radiante com a oportunidade de mostrar suas habilidades na passarela, ela diz que iniciativas como esta servem para mostrar que a doença não significa um ponto final. Na verdade, é uma vírgula na história de minha vida. Enquanto muita gente acha que é o fim da linha, nós achamos que é apenas um recomeço. A alegria é o segredo, destacou. Luciene e outras dezenas de mulheres que travam uma guerra a favor da vida fazem parte do grupo MamaFest, idealizado no Centro de Oncologia e que tem o objetivo de reacender a chama do amor próprio nas pacientes que acabam de descobrir que estão com câncer.

A oportunidade de subir à passarela mostra que, mesmo diante do diagnóstico, há muito pelo que se festejar. É o que acredita a coordenadora-administrativa do Centro de Oncologia do Huse, Rute Andrade. A rotina imposta pelo tratamento acaba ferindo a imagem que as mulheres têm de si mesmas devido a uma série de fatores. Mas elas estão vivas e precisam ter garra para buscar a cura. Eventos como este levam ao resgate da autoestima. Muito além das tendências para a estação mais fria do ano, o desfile no Centro de Oncologia do Huse mostra que a feminilidade e a vontade de viver são sentimentos que nunca saem de moda, conta Rute Andrade.

Fonte: Ascom/SES

Um comentário:

  1. Minha tristeza é ver como nossos governantes não estão nem aí para esse problema.Aqui no Rio de Janeiro,"todo dia" inaugura-se CLÍNICA DA FAMÍLIA ou UPAs, o engraçado é que não tem NENHUM MAMÓGRAFO em neles. Falam tanto sobre a "PREVENÇÃO", mas não adianta a mulher se prevenir,muitas vezes percebem um caroço no peito,procuram o médico e ficam anos na fila a espera de uma mamografia. Tenho 38 anos,minha mãe teve câncer de mama e mesmo com esse histórico,no posto ouvimos que não é necessário que eu e minhas 6 irmãs façam os exames porque não temos 40 anos. Um "carocinho" no peito, eles dizem que "pode não ser nada", dizem que nós devemos ficar vigiando,observando se ele terá alguma mudança...ELES ESTUDAM E NÓS TEMOS QUE ADIVINHAR SE O CAROCINHO ESTÁ TENDO MUDANÇAS, e o principal, devemos fazer isso a olho nu...é revoltante ver a quantidade de mulheres sendo atingida por essa doença,a maioria sem conseguir tratamento,o perfil da doença mudou,muitas mulheres jovens e até grávidas estão passando por isso e nosso governo preocupado com copa,olimpíadas,etc

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